Colocado na "Lista Vermelha" angolana, categoria B, dos animais sob ameaça de extinção, o manatim africano é uma das espécies de mamíferos aquáticos mais caçada, nos últimos anos, pelas populações ribeirinhas de Angola.
A ambientalista Tailene Pontes, presidente da associação ANGO-FAUNA, defendeu, domingo, em Luanda, a necessidade urgente de se preservar a espécie marinha e ribeirinha do manatim, por estar em vias de extinção.
No passado dia 6 de Fevereiro de 2025, os alunos do 6.º ano da Escola Portuguesa de Luanda, participaram numa palestra realizada pela Associação Angofauna. O evento destacou a importância da preservação ambiental, com especial enfoque no projecto de protecção do manatim africano, uma espécie em risco de extinção em Angola.
A escolha desta actividade reflete o compromisso da nossa escola com os princípios do programa Escola Azul, que visa promover a literacia dos oceanos e a conservação da biodiversidade marinha.
Ao abordar o tema “Biodiversidade em Angola: Activo Económico e Urgência de Diálogo”, o fundador da Associação Ango-Fauna considerou fundamental a criação de uma indústria de ecoturismo de classe mundial que gere receitas para a conservação e beneficie comunidades locais.
A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, deu a conhecer, quinta-feira, em Luanda, que o Executivo angolano trabalha na consolidação das práticas de gestão e conservação ambiental como pilares do desenvolvimento sustentável.
Desflorestação, queimadas, caça furtiva, conflito homem-animal e alterações climáticas são os principais desafios ao património natural em Angola, segundo o Presidente angolano, que defendeu mais apoios internacionais para travar a perda de biodiversidade.
A expectativa do governo angolano é banir ou eliminar gradualmente, até 2027, o uso de sacos de plásticos, no sentido de preservar o meio ambiente, uma das medidas que se enquadram nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.
O Estado angolano tem em carteira projectos para a construção de uma área protegida de mangais no Soyo e na região do Okavango parte angolana na zona do Cuando. São investimentos que mostram a reiterada vontade política do governo angolano na conservação e preservação da biodiversidade. De acordo com o Director Geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas Conservadas, Miguel Xavier, o Estado angolano investiu acima de quinhentos milhões de dólares para a recuperação da biodiversidade, desde o ano de dois mil.
A Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho Pereira, que lidera a delegação angolana, na 20ª Sessão Ordinária da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente, AMCEN -20, que decorre de 14 a 18 de Julho, em Nairobi-Quénia, referiu nesta Quinta-feira (17), que a República de Angola, tem grande semelhança com países da região é vulnerável aos efeitos negativos das alterações climáticas. Por essa razão, reforçou ao Executivo Angolano a adaptar um conjunto de prioridades integradas nos programas e estratégias de desenvolvimento sustentável alinhadas, a agenda 2063 da União Africana, bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças à biodiversidade em todo o mundo, e Angola não é exceção. O aumento da temperatura, a intensificação de eventos climáticos extremos, a elevação do nível do mar e a alteração dos padrões de precipitação impactam negativamente os habitats naturais e a distribuição das espécies, colocando em risco a rica fauna e flora angolana.
O ambientalista Rafael Lucas manifestou preocupações quanto ao prazo estabelecido pelo Executivo para a implementação efectiva do Plano de Acção Nacional para a Eliminação Progressiva da Utilização dos Plásticos, agendada para o ano de 2027.
A biodiversidade, ou diversidade biológica, é descrita como a riqueza e a variedade de todas as formas de vida, incluindo os genes contidos em cada indivíduo e a composição dos diversos ecossistemas, onde a existência ou eliminação de uma espécie afecta directamente muitas outras (WWF, 2020).
A descoberta revela traços únicos de adaptação marinha e antecipa a presença dos Dyrosauridae a um período anterior à extinção dos dinossauros, desafiando teorias sobre a sua evolução.
A protecção do ambiente e das espécies da flora e da fauna constituem um dos compromissos do Estado angolano, que tem vindo a melhorar, gradualmente, as suas estratégias de amparo de mais de 100 espécies ameaçadas de extinção.
A Fundação Kissama e o Instituto Nacional da Biodiversidade estão a intensificar os esforços para a protecção dos elefantes da floresta em Angola, através de um projecto iniciado em 2018, que visa identificar áreas de presença da espécie e mitigar os crescentes conflitos entre humanos e animais.
A manifestação foi feita pela ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, quando falava na conferência de imprensa que serviu de lançamento da Conferência Internacional sobre Biodiversidade e Áreas de Conservação Ambiental (CIBCA), em Luanda.
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